
A dermatologia é uma especialidade médica clínica e cirúrgica. Dentro do âmbito das suas atribuições, está a realização de procedimentos cirúrgicos que visam o diagnóstico de doenças de pele e também o tratamento das mesmas. Algumas das abordagens mais frequentes compreendem as biópsias de pele, a retirada de nevos (pintas suspeitas ou que desagradam o paciente), a retirada de cistos, mília e ceratoses.
A biópsia pode remover a lesão de modo parcial (incisional) ou total (excisional). A técnica consiste em um procedimento simples no qual se remove um pequeno fragmento de pele com fins de envio para análise histopatológica. Há diversos modos para a realização deste procedimento, e a escolha do método a ser utilizado irá depender de diversos fatores, como tamanho da lesão, local de acometimento e hipótese diagnóstica. De modo geral, utiliza-se anestésico injetável na região, o que é considerado bastante seguro. Pode haver ardência por alguns segundos, mas, em seguida, o procedimento é feito com conforto. A biópsia na dermatologia é realizada a fim de diagnosticar doenças de pele tumorais, inflamatórias ou de depósito. Naquelas ditas excisionais, o objetivo é a resolução do processo por meio da avaliação da suficiência das margens do material removido (margens livres).
Um procedimento cirúrgico bastante realizado pelos dermatologistas e de fundamental importância é a biópsia visando a detecção precoce de tumores cutâneos, com destaque para os do tipo melanoma e não melanoma ou mesmo a remoção de lesões pré-malignas.
De modo geral, podemos afirmar que a cicatrização após um procedimento de pele é variável, dependendo de fatores como a localização da lesão, características genéticas e cuidados após o procedimento. Algumas áreas do corpo, como o colo, são acometidas por queloides com mais frequência. Já a face costuma ter melhor cicatrização comparativamente. É importante frisar que qualquer procedimento pode resultar em cicatriz e/ou alteração de cor da pele. Para remoção de lesões de pele benignas, cujo objetivo é fim estético, o médico deve avaliar de modo individualizado o risco de cicatrizes, mostrando o custo-benefício ao paciente. O cuidado pós-operatório, orientado pelo dermatologista, é muito importante para se evitar infecções que possam prejudicar a cicatrização ou deixar defeitos inestéticos.
É importante evitar a exposição solar após qualquer tratamento cirúrgico na pele. Deve-se evitar esses procedimentos antes de seis meses de uso de isotretinoína, já que ela prejudica a cicatrização.