O peeling químico consiste na aplicação de substâncias capazes de destruir as camadas mais superficiais da pele, estimulando, posteriormente, a sua regeneração. Esse procedimento visa a melhora da textura da pele e pode ser indicado com diferentes finalidades, como renovação cutânea, clareamento de manchas, controle da oleosidade e suavização de rugas. Pode ainda ajudar em casos de acne e ceratoses actínicas (lesões pré-malignas associadas à exposição crônica ao sol). Além do rosto, áreas como pescoço, colo, mãos e pernas também podem receber o peeling químico.
Os peelings são classificados didaticamente como superficiais, médios e profundos. Os superficiais (ácido retinóico, glicólico e salicílico) são feitos em séries, que podem ser mensais. Já os demais são feitos em sessões únicas. Os peelings superficiais permitem descamação moderada e são bem tolerados. Um peeling indicado com frequência nos consultórios médicos é o de ácido retinóico. Trata-se de um peeling superficial com tonalidade de base que é aplicado na face e lá permanece por algumas horas, ocorrendo descamação por alguns dias e costuma ser muito bem tolerado. É indicado para casos de rugas finas, clareamento de manchas e melhora da textura da pele.
No peeling médio é aplicado o ácido tricloroacético, que trata rugas mais pronunciadas, alguns tipos de cicatrizes da acne e lesões pré-cancerosas. No peeling profundo é utilizado o fenol e só pode ser realizada em centro cirúrgico, sob anestesia geral. O preparo da pele, a fim de potencializar o resultado do tratamento, é muito importante. Para melhores resultados do peeling, é interessante que o paciente evite exposição ao sol nas semanas que precedem e seguem o tratamento. Além disso, o paciente deve utilizar filtro solar diariamente. Em alguns casos, recomenda-se hidratação e produtos calmantes. Os peelings devem ser evitados em gestantes, pacientes com feridas na face e pessoas com hábito de manipular a pele.